quinta-feira, 23 de maio de 2013

Prótese criada com impressora 3D salva vida de bebê

Pesquisadores da Universidade do Michigan obtiveram sucesso em implante de vias respiratórias de plástico em recém-nascido com problemas pulmonares

Kaiba Gionfriddo

Nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade de Michigan revelaram uma nova utilidade para impressoras 3D: salvar vidas. Eles usaram o aparelho para criar uma prótese de traqueia, implantada com sucesso em Kaiba Gionfriddo quando ele tinha cinco meses. O trabalho foi registrado num artigo divulgado na publicação médica The New England Journal of Medicine.

Prótese produzida com impressora 3D

O bebê que recebeu a prótese sofria de traqueobroncomalácia, doença na traqueia que impede que o oxigênio chegue aos pulmões. "Com seis semanas de vida, ele tinha retrações da parede toráxica e dificuldade em se alimentar", afirma o estudo.

Os médicos desenvolveram a prótese com base em tomografias da via respiratória do paciente. A peça é feita de policaprolactona, material bioabsorvível pelo corpo humano em 3 anos. Isso elimina a necessidade de uma nova cirurgia para retirada da prótese. Até lá, a previsão dos médicos é de que o paciente já tenha vias respiratórias saudáveis e não necessite mais da peça.

De acordo com o artigo, a prótese é "similar à mangueira de um aspirador de pó" e, embora seja resistente, "permite flexão, extensão e deve expandir com o crescimento do bebê".

O paciente foi liberado 21 dias após a cirurgia. Um ano e três meses depois, a prótese não apresentou até hoje nenhum problema de funcionamento ou rejeição.

Hoje, as impressoras 3D são uma tendência mundial. No Brasil, é possível fazer uma delas por menos de 2 mil reais.

Assista aqui ao vídeo produzido pela Universidade do Michigan sobre o caso (em inglês):


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